Vôlei: jogadoras brasileiras relatam terror em meio ao caos no Nepal

Duas jogadoras de vôlei brasileiras relataram momentos de terror em meio ao caos dos protestos da população do Nepal. No início desta semana, o governo local bloqueou o acesso às redes sociais, o que desencadeou em manifestações sem precedentes na cidade de Katmandu, capital do país asiático.

A levantadora Ana Flávia Galvão (ex-Praia Clube) e a ponteira Mayra Souza (ex-Mackenzie), em entrevista ao “ge”, descreveram os momentos de pânico enquanto o hotel que estavam na cidade de Pokhara era invadido por manifestantes.

As duas jogadoras atuam pelo Karnali Yashvis, do Nepal, e disputavam a segunda edição da Everest Women’s Volleyball League. Ambas estão no país desde o dia 1º de setembro deste ano.

Ana Flávia revelou que o exército assumiu o poder local e determinou toque de recolher. A jogadora de 28 anos destacou que ainda vive indefinição de quando retornará ao Brasil.

“O exército assumiu o poder do país, e as orientações por enquanto são para todos se manterem em toque de recolher. Por isso, ainda não sabemos quando vamos poder deixar o Nepal, pois os aeroportos ainda estão fechados e o exército está nas ruas”, começou.

“Agora já estamos mais tranquilas, não tem barulho de protesto nem de vandalismo. Mas a tensão se mantém, ontem foi bem assustador”, finalizou Ana.

A levantadora também detalhou como foi o momento da invasão do hotel por parte dos manifestantes.

“Ontem (terça-feira, 9) teríamos jogo, mas devido à força das manifestações foi cancelado. Estávamos tranquilas no hotel quando percebemos que os manifestantes já haviam colocado fogo em vários veículos do estacionamento e estavam começando a invadir”, iniciou.

“Eu estava sozinha no meu quarto que era no segundo andar quando ouvi os barulhos. Uma colega de time que também é brasileira (Mayra) veio ao meu quarto e ficamos juntas. Conseguimos fugir por uma área verde que estava próxima do rooftop”, disse Ana Flávia.

No entanto, as jogadoras tiveram que retornar ao quarto para recuperarem documentos e pertences pessoais. Apesar disso, ambas conseguiram pegar seus respectivos objetos sem nenhum ferimento.

“Tivemos muita sorte porque nos arriscamos e conseguimos voltar ao hotel para pegar nossos pertences importantes e documentos. Outros times que estavam aqui na cidade em hotéis diferentes tiveram todos os pertences queimados, e o hotel completamente destruído”, afirmaram.

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