Suspeito em explosão no Tatuapé já respondeu por soltura de balões em SP

A tragédia causada pela explosão de um depósito clandestino de fogos de artifício no Tatuapé, zona Leste de São Paulo, na noite de quinta-feira (13), conecta-se a um histórico judicial de um dos investigados. Adir De Oliveira Mariano, listado como investigado no Boletim de Ocorrência (BO), foi um dos réus em uma ação penal por soltura de balão.

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Uma ação penal, na 4ª Vara Criminal de São José dos Campos, acusou Adir Mariano e outros cinco réus de associação criminosa e de soltarem balão capaz de provocar incêndios em vegetação ou áreas urbanas.

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Segundo apurado, os acusados soltaram o balão e acompanhavam sua trajetória quando foram abordados pela Polícia Militar.

O resultado do julgamento, em dezembro de 2015, foi a absolvição dos réus, incluindo Adir Mariano. O juiz de direito fundamentou a decisão no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, aplicando a máxima in dubio pro reo.

Embora houvesse indícios, como a localização dos acusados atrás do balão e ferramentas no veículo, eles não se converteram em certeza para comprovar a autoria do crime de soltar balão ou a associação para o crime.

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Entenda explosão no Tatuapé

O incidente no Tatuapé, ocorrido na Avenida Salim Farah Maluf, resultou em uma morte e dez pessoas feridas, além de deixar 23 imóveis interditados pela Defesa Civil.

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A mega explosão ocorreu em um local usado ilegalmente como depósito de fogos de artifício. A ocorrência, registrada no 30° DP (Tatuapé), envolve crimes de explosão, lesão corporal e crime ambiental.

A força das explosões, relatadas por uma agente da GCM (Guarda Civil Municipal) e um soldado da PM (Polícia Militar) que estavam próximos, foi tamanha que motos caíram, veículos foram danificados e muitos destroços foram lançados.

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Entre as vítimas, uma mulher que inalou fumaça e sofreu um corte na cabeça, sendo internada na UTI. A força do impacto destruiu a casa vizinha e causou danos em estruturas metálicas e diversos veículos na região.

As causas exatas do acidente continuam sob investigação.

Indícios de fabricação de balão e explosivos ilegais

Conforme o registro da ocorrência, policiais civis e agentes do Corpo de Bombeiros levantaram informações preliminares no local indicando que havia vestígios de diversos materiais que, em tese, estariam sendo utilizados na confecção de uma cangalha de balão.

Devido à potencial existência de explosivos não detonados, o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) atuou no local e encontrou o corpo da vítima carbonizado.

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