Em eventual cenário sem a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), surge como favorito ao Palácio dos Bandeirantes em 2026. É o que aponta levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta terça-feira (26).
Foram ouvidos 1.680 eleitores em 85 municípios paulistas entre os dias 21 e 24 de agosto. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
No cenário analisado pela pesquisa, Nunes tem 29,4% das intenções de voto, contra 14,2% do ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB). Em seguida, aparecem a deputada federal Erika Hilton (PSOL), com 9,3%, e o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), que marca 8,6%.
Simultaneamente, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), pontua 8,0%, enquanto o ex-prefeito de Santo André Paulo Serra (PSDB) tem 6,1%. Já o ex-presidenciável Felipe D’Avila (Novo) fecha a lista com 3,1%.
Votos em branco, nulo e nenhum são 13,6%. Outros 7,6% não souberam ou não opinaram.
Segundo turno
O levantamento desta terça-feira testou dois possíveis cenários de segundo turno envolvendo o nome do prefeito (veja os detalhes nos gráficos abaixo).
Geraldo Alckmin x Ricardo Nunes
Márcio França x Ricardo Nunes
Vice na chapa encabeçada por Bruno Covas (1980-2021) e reeleito em 2024, Nunes tem mais três anos à frente da prefeitura da capital paulista. No entanto, durante agenda em março, ele deixou em aberto a possibilidade de concorrer ao governo estadual.
“Minha intenção é de ficar os quatro anos como prefeito. (…) As coisas acabam mudando. Quando eu ia imaginar que eu, vice do Bruno Covas, ia perder ele e virar prefeito? As coisas vão acontecendo, a única coisa é que a gente vai tomar qualquer tipo de atitude que seja boa para a cidade, para um projeto”, afirmou na ocasião.
Já na noite de segunda-feira (25), o presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), sinalizou a chance de Tarcísio abandonar a disputa pela reeleição em São Paulo e concorrer ao Planalto no pleito do próximo ano.
“Seremos um dos poucos partidos que restarão depois das eleições. Mas para isso precisamos do trabalho de todas as senhoras e senhores”, afirmou Pereira. “Vamos ampliar nossas bancadas de deputados estaduais, de deputados federais, senadores, reeleger e eleger governadores. E, quem sabe… se a conjuntura dos fatos permitir teremos um candidato à Presidência da República. Não é, Tarcísio?”, disse o presidente da sigla.